"A inteligência é feita por um terço de instinto - um terço de memória - e o último terço de vontade." (Carlo Dossi)

"É necessário que os princípios de uma política sejam justos e verdadeiros." (Demóstenes)












segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Greve em Unaí e o Ex Drogado

Biiicho, hoje resolvi descer ao centro e o Ex Drogado resolveu acompanhar-me, ele sempre faz isso, mas na maioria das vezes eu volto e coloco ele pra dentro, hoje eu não voltei e ele foi comigo para o centro, sem coleira como de praxe. Eu confio na docilidade do meu cão que não é violento nem ameaçador em momento algum. No entanto assumo que ele deveria usar uma coleira, mas devido eu tê lo encontrado rapazinho já, alguns hábitos ele nunca abandonará e um deles é a liberdade de locomoção.
No centro, lembrei me de que haveria mais uma manifestação dos grevistas municipais e que seria na câmara municipal. Como sou uma pessoa que demonstra interesse pelos assuntos relevantes para minha comunidade e para mim, decidi dar uma passada para ver se acontecia algo de interessante. Não é de ver que aconteceu bicho.
Ao chegar no palácio municipal percebi que o plenário estava cheio e havia alguns manifestantes do lado de fora e dentre eles um cidadão, servidor público, motorista do transporte escolar. Esse manifestante portava uma 'vuvuzela' barulhenta de ar comprimido manual e ao avistar o E.D. esse cidadão apontou o instrumento para o meu cachorro e deu uma buzinada que o assustou e o fez remeter à Avenida quase sendo atropelado. Não tomei nenhuma atitude a não ser a de cumprimentar o idiota para ele perceber que o cachorro era meu. Eu o conheço, chama-se Adão Rodrigues e mora próximo à minha casa, todos os dias passo pela sua rua, às vezes com o cachorro. Ou ele é um débil mental ou estava realmente querendo que o E.D. fosse atropelado, pois continuou com aquelas buzinadas na direção dele e de mais um, esse de rua, que apareceu por ali. Eu já estava indo embora, quando ele desferiu mais um golpe ensurdecedor assustando o cão de rua e o mesmo não morreu por que era bom o freio do carro que iria atropelá-lo. Não me contive, voltei e solicitei o objeto da mão desse baderneiro e tentei quebrá-lo como um graveto na coxa mas não consegui e arremessei o mesmo na Avenida. Um partidário do barulhento disse alguma coisa e eu só lembro que disse que se o cão tivesse sido atropelado seria pior para ele.
Fui embora e indo pensei várias coisas, inclusive de que eu poderia ter sido linchado alí por aquele sujeito e mais seus amigos. Se isso acontecesse nada tiraria de mim a razão de estar defendendo meu cachorro e ainda defendendo um cão de rua de uma maldade. Não, não bateria nele por isso, não por isso, não prego a violência quase nunca.
O que falta para que esses manifestantes atinjam seus objetivos e tenham suas pleiteações atendidas é ATITUDE.
Ao sr. em questão, o maltratante de animais, queria dizer para que ele reveja suas ações, tanto como partícipe de uma manifestação de classe e como ser humano. Que ele lute pelos seus direitos de forma digna, legal, atuante e principalmente sem esquecer do respeito aos demais.
Só por isso eu não apóio mais a greve.

sábado, 9 de outubro de 2010

Greve em Unaí

Quarta feira ao andar pelas ruas do centro da cidade acompanhei uma manifestação, diria calorosa, dos servidores públicos municipais da área da educação, da saúde e funcionários do SAAE. Um caminhão parecido com um trio elétrico na cor vermelha arrastou um bando de indignados com os baixos salários e condições de trabalho insatisfatórias dentre outras reivindicações totalmente legais.
Vi me diante de uma inédita cena e aquilo não deixou meu sentimento de indignação inerte, era justamente esse um momento que eu não queria deixar de ver acontecer em Unaí, o instante de revolta dos professores que têm um teto miserável e um piso aos cacos; a revolta dos garis, ou como disseram lá ao microfone: o pessoal da 'barreção'; a insatisfação dos servidores da saúde que não recebem bem, alguns não são estáveis e ainda o estresse de um sistema corroído pela burocracia politiqueira.
Acompanhei o final da manifestação, quando os servidores inquietos aguardavam na prefeitura municipal a descida do prefeito que segundo alguns estaria em seu gabinete. Um dos porta vozes da massa enfurecida (exagerei) bradava ao microfone do carro de som ali estacionado quão massacrada tem sido a lida dos servidores públicos da educação e da saúde e quanto tem sido grande o descaso dos gestores no sentido de melhorar a situação dos mesmos. Reiterou que estavam alí dispostos a discutir os pontos que motivaram a paralisação e que segundo o mesmo se estenderia na forma de greve até que fosse solucionada as pretensões dos servidores. O que se ouvia era um apitaço e gritos de ordem vindo da multidão. Foi solicitado ao microfone que os presentes assinassem uma ata como prova do comparecimento dos mesmos e um documento a mais para mobilizar o prefeito.
Um louco chauvinista puxou o hino nacional que todos cantarolaram, as duas partes inclusive com os erros de sempre. Fruto de uma educação defasada. No entanto senti uma enorme satisfação ao ver cumprir esses ritos de revolta alí na minha frente. Após o hino algum dos servidores, até suado e vermelho de insatisfeito veio ter ao microfone aquelas palavras de clamor popular e o que me chamou a atenção foi o fato de ele ter citado um outro servidor, cujo nome preservo, e dito que o mesmo teria tentado coagí-los a não participar do ato. Um porta voz dos servidores tambem disse que o secretário da educação teria feito o mesmo dizendo aos servidores que seriam cortadas algumas gratificações do seu salário caso comparecessem .Isso é uma vergonha secretário, na sua vida como professor você não aprendeu o sentido da luta contra a opressão dos grandes.
O prefeito não apareceu e o microfone disse que sexta feira haveria nova reunião na praça e que os mesmos deveriam permanecer em suas casas até que houvesse um acordo entre as partes. Ainda observei os comentários dos presentes, cuja insatisfação maior realmente eram os salários baixos.
Observei a fila onde se assinaria a ata e não animei, mas vi alí alguns de meus colegas de serviço de cinco anos atrás. Eu trabalhei no SAAE durante mais de dois anos e desde meu primeiro dia de serviço alí eu percebi que havia uma certa repressão vinda da chefia. Funcionáros que ocupavam cargos efetivos tinham medo de serem mandados embora. Nada era feito em benefício dos funcinários, pelo menos pros mais subordinados, o funcionamento era semelhante à uma empresa privada, onde o emprego escolhe você. Eu não aceitaria tal sistema de forma alguma. Tentei erguer a mão contra a administração, eu e mais alguns colegas da época. Nenhum deles trabalham mais por lá. Tentamos, mas esses medrosos aliados aos acomodados impediam que fosse feito o essencial para uma reforma, o contingente. Éramos poucos e fomos perseguidos e assediados moralmente até o ponto de solicitarmos a exoneração do cargo para a felicidade de todos. Alí naquela fila não havia nenhum chefe de nenhuma seção do SAAE. Claro que não.
A revolução veio. Tarde? Acho que nunca é tarde para tomarmos as melhores providências para a nossa vida e para que a vida dos outros sejam tão melhores quanto a que queremos ter. Pense coletivo.
P.S. Eu não gostei de ter ido à Biblioteca Pública na sexta feira e a mesma encontrar se fechada. É necessário justiça e sensibilidade. Pensar coletivo é praticar solidariedade.



Rock festival, independência aos mortos.

Falta de informação por aqui é o que não falta. Ano passado, lembro-me bem, era a discussão em torno da não realização do evento no dia programado devido a possibilidade de um surto epidêmico por causa da gripe suína. Isso era o que estava causando alarde (revolta) principalmente nos corações da nossa juventude unaiense, uma juventude sedenta por diversão que não seja o Itapoã e seu forró ou similares e nem o horror sonoro automotivo dos "LUAIS" que a playboyzada por aqui tanto aprendeu a venerar, o que não presta eles assimilam rápido.
Temos raras oportunidades para podermos acompanhar de perto o desenvolvimento de nossos artistas. Nós tambem temos nossos Restart's e queremos dar a eles a oportunidade de poderem mostrar seus 'trabalhos' e se desenvolverem, e o espaço que eles encontram é naquele palco colocado na praça da prefeitura no dia do aniversário da cidade quando vários gêneros musicais se apresentam e no dia simbólico de 07 de setembro quando ocorreria o Rock Festival. Independência ou Rock lembra?
No ano passado fingimos acreditar que estariam cumprido uma norma federal e que não seria possível a realização do evento aquele ano no dia programado. Beleza, revolta sob controle. Mesmo assim surgiu o "Independência ou Gripe", texto de meu amigo Henrique Rodrigues do Yeahnoroeste repudiando a atitude ou a falta de atitude de certos diante do que acontecia. Por causa de um simples comentário expressando meu apoio ao que continha o texto fui chamado de crápula e sofista, nomes que adotei como aulguns de meus pseudônimos sem rancor a quem os proferiu. A invectiva sobre minha forma de pensar não me deixa tranquilo, porém não me assusta quando advém de um certo grupo de pessoas cujo descompromisso com as causas realmente coletivas já sucumbiram ante a esbravejação individual seja por capital ou por ego excessivo.
Esse ano não poderia ser diferente, depois de várias datas e bandas serem confirmadas ao acaso ainda naufragamos num mar de repostas vagas. A organização, se há uma, não esclarece nada e ainda fica fazendo provocações de bastidores em vez de dar uma solução definitiva ao que ocorre. Quais bandas virão e em que dia acontecerá o Rock festival?
Não queria atacar pessoas, não queria julgar pessoas, não queria ferir pessoas com palavras. Mas não concordo com a forma como são geridos os recursos destinados à cultura nessa cidade. Eu sei que o Fabrício(merlinha) entende pouco ou nada sobre gestão de recursos públicos e que nada tem a ver com o destino dos repasses das verbas dessa secretaria de cultura, ano passado não havia uma. Há sim uma verba que é passada para essas pessoas que estão à frente da organização dos projetos considerados culturais, caso do evento, e existe ainda um montante oriundo dos patrocinadores ou apoiadores culturais, conforme o caso. O patrocínio que se vê nas camisas, cartazes e aquele falatório no microfone de nome de empresas no decorrer do evento é uma forma de divulgação e de fazer a propaganda do nome dos mesmos e eles pagam por isso, pelo menos deveriam pagar. O que não pode é ficar a realização do evento condicionada a esses patrocínios, principalmente na última hora.
Segundo Octávio, músico unaiense, o Fabrício (merlinha) teria falado que no ano passado ocorreu o evento porque o mesmo havia desembolsado dois mil reais em dinheiro. O Fabrício disse que tirou do próprio bolso o dinheiro. Tamanha indignação do líder da Jamming Zone, que no ano passado esteve com a organização, é compartilhada da minha tambem, por que eu tive que ficar ouvindo à todo momento o slogan "Calce Charm, a loja que calça você" naquela caixa de som, além de outros que eu pensava fossem os patrocinadores. Eu pensava que fossem eles que contribuiram com a prefeitura e os organizadores para a realização do evento, não uma pessoa, não aquela pessoa. Interesse coletivo lembram?
Queria dar uma informação concreta, careço de fontes, então na tentativa de mantê-los a par do evento digo o que soube por último por fontes não muito fidedignas. Haverá a apresentação de cinco bandas, sendo duas do DF , além de Verenna, Radiografia tambem tocará e a data do evento será no dia 1° de novembro, véspera do dia dos mortos. Isso é só o que sei infelizmente.
Adiantando insultos esse crápula agradece a todos.
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