"A inteligência é feita por um terço de instinto - um terço de memória - e o último terço de vontade." (Carlo Dossi)

"É necessário que os princípios de uma política sejam justos e verdadeiros." (Demóstenes)












terça-feira, 21 de setembro de 2010

Vote certo

Você ainda não decidiu em quem votar? Temos um problema amigo, estamos próximos do dia da eleição e era esperado que sua escolha tivesse sido feita há semanas. Não quero apressá-lo pois creio que tal demora deve se ao fato de estar você, eleitor consciente, à procura da melhor opção:

*O mais honesto ou menos desonesto
*O mais sincero ou menos dissimulado
*O mais solidário ou menos egoísta
*O mais experiente ou menos calouro
*O mais preparado ou menos despreperado
*O mais revolucionário ou menos conservador
.
.
.
Certo amigo é que seja qual for a sua escolha ela interferirá na vida de milhões de pessoas, inclusive a sua. É o futuro de um país que está em jogo, o futuro de um país e suas crianças, jovens, idosos, mulheres e homens brasileiros.
Pense no futuro, vote certo.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Penso, logo existo

O pensamento é a existência,
Ou o existir faz pensar
Pense nesse instante
Quem não pensa existe
Ou o quê
Eu com meus neurônios
Construo, destruo
Pensamento, sonhos
Mente inquieta que atribula-me
Todos os segundos me come
Absorve me em sinapses
Catástrofes cerebrais
Penso, existo, resisto
E não descarto mais
A vida em essência
Inconstante de existir
Governa-me ciência
Enquanto puder ser eu ser.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Os ditadores e as ruas de Unaí

Biiicho, de 15 de abril de 64 até 15 de março de 67 o Brasil esteve nas mãos de seu 26° presidente, não preciso grifar que era um militar, pois dizer 1964 significa apertar o play no sentimento de revolta contra todo um regime de boçais covardes brincando de guerra e matando semelhantes. O que chamam uns ditadura. Em 1964, não muito distante de hoje, torturavam se pessoas inocentes, presenciava se cenas cruéis de castigos violentos ao extremo como salgar os olhos, e em muitos casos sumiam com as vítimas. Até hoje existem desaparecidos daquele tempo. Os responsáveis por tudo isso eram os militares. Não digo que era o Exército ou a Marinha nem a Aeronáutica, eram os militares, os homens que vestiam o uniforme àquele tempo. Aqueles militares eram os monstros da época com seus ideais voltados para a prática desumana de seus métodos coercitivos, o atropelamento de tudo que fosse contrário ao pensamento militar. Naquele tempo o pensamento militar distanciava se da democracia, vivia se em estado de guerra permanentemente. Nesse período o homem à frente todas as atrocidades que marcaram pessoas, famílias e porque não um país inteiro. Aquele homem, que eu não anistiei, seus soldados o chamavam Marechal Humberto de Alencar Castelo Branco. Vejamos alguns de seus memoráveis feitos:
Após as eleições parlamentares e para governadores de outubro de 1966, tendo o Congresso Nacional sido fechado pelo AI-2, o Presidente da Câmara dos Deputados, Adauto Lúcio Cardoso, manteve o plenário aberto, em desafio ao ato ditatorial. Diante da resistência, Castelo Branco ordenou a ocupação do Congresso Nacional, ordenando que o coronel Meira Matos comandasse a tropa do Exército que invadiu e fechou o prédio. O Congresso após o recesso foi reaberto e aprovou nova Constituição de 1967, que institucionalizou o regime militar.
Seu ministério era formado por um elemento da chamada "linha dura" do exército Costa e Silva, e especialmente por antigos componentes do tenentismo e participantes da revolução de 1930 como Cordeiro de Farias, Eduardo Gomes, Juraci Magalhães, Juarez Távora, Ernesto Geisel e o próprio Castelo Branco. Fizeram parte do ministério políticos apoiadores do golpe militar de 1964, como José de Magalhães Pinto. A economia ficou sob o comando da dupla de economistas liberais chamada de Campos-Bulhões (Roberto Campos e Otávio Gouveia de Bulhões).
O Comando Geral dos Trabalhadores (CGT), as ligas camponesas e a União Nacional dos Estudantes (UNE), foram algumas das instituições atingidas pela política de repressão ao comunismo desencadeada pelo governo militar. Algumas das principais lideranças pró-comunismo do país foram presas, torturadas e enquadradas na Lei de segurança nacional e responderam a Inquérito Policial Militar (IPM). Também empresários foram investigados. Foi o caso dos donos da Panair do Brasil, a maior companhia aérea do país, na época, que teve a sua licença para voar cassada e o patrimônio temporariamente e depois permanentemente confiscado porque o grupo acionário, segundo as justificativas apresentadas pelo governo federal, era ligado a líderes comunistas e a Juscelino Kubitschek". Na verdade, a intenção do governo seria destruir a Panair do Brasil para entregar suas linhas e parte de seu patrimônio à Varig, cujo dono, Rubem Berta era amigo e apoiador de alguns elementos ligados ao regime militar.
Em fevereiro de 1967 foi decretada a Lei de Imprensa, cuja finalidade era controlar o fluxo de informação na imprensa nacional, assim como regular o trabalho dos jornalistas que trabalhavam nestes veículos. A lei continuou a ser válida no Brasil mesmo depois do fim do regime militar em 1985, sendo finalmente declarada nula por ser incompatível com a Constituição de 1988 pelo Supremo Tribunal Federal em 2009.
Em outubro de 1965, foi baixado o Ato Institucional Número Dois que dissolveu todos os partidos políticos, e impôs o bipartidarismo de facto com a criação da Aliança Renovadora Nacional (ARENA) e do Movimento Democrático Brasileiro (MDB).
Apesar de ter feito algo (não nego) para o desenvolvimento do Brasil, creio que um cidadão que esteve naquela época investido de poder não poderia ter sido tão omisso ou cruel em seu cargo. Esse crápula sanguinolento dá nome à biblioteca pública de onde digito este texto e de uma rua por onde passo quase todos os dias. Compartilho do pensamento de que aquela rua poderia ter o nome, número, hieroglifo, ideograma, símbolo que fosse que isso não afetaria meu modo de ser. Mas existem pessoas que acreditam que os nomes de ruas devem homenagear pessoas boas que de certa forma contribuiram para uma melhoria da sociedade. Para meu sentido de cidadão é vergonhoso a falta de coragem por parte de alguns não mudarem o nome dessa rua e de outras que por existirem com o nome de ditadores desvirtuam a história embaçando a realidade dos fatos mascarando a vileza desses anistiados por outrém.
Compreendeu, é isso então!
Fonte: Wikipedia

terça-feira, 7 de setembro de 2010

__Cuidado, você não precisa morrer II

Cheguei em casa assustado, claro, afinal não havia frieza nem tranquilidade que resistisse ao acontecido naquele dia. Na cama ainda pensava no que levaria um reles cidadão comum feito um Jó que nem eu ser ameaçado. Agora eu tinha certeza que se tratava de uma ameaça, e não era uma ameaça de um joão qualquer. Se fosse um ignorante que quisesse apenas ver me morto, eu estaria morto agora. Mas creio que quem quer que seja, faz uso da inteligência para manter me vivo e com medo, talvez no intuito de atingir um objetivo maior do que a simples queima de arquivo, não é o que sei e sim o que posso saber. Encasquetado, revirei na cama até que o dia amanheceu e pus me novamente a questionar motivos que poderiam levar minha vida a cabo tão cedo, o que estava eu fazendo que pudesse incomodar alguém. Era uma pessoa má e rica com certeza, e cujo anonimato deixa me em situação desfavorável, estou à mercê da surpresa de seus ataques. Incomoda-me muito não encontrar respostas exatas que solucionem de vez o fato.

Unaí muda

"A política... há muito tempo deixou de ser ciência do bom governo e, em vez disso, tornou-se arte da conquista e da conservação do poder."
(Luciano Bianciardi)

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

__Cuidado, você não precisa morrer

Passava da meia noite, era um dia normal de quinta feira e a esse momento a cidade estava deserta, surgindo vez por outra os mesmos veículos em velocidade e imprudência extremas que só não causam acidentes mais graves porque a música alta dá conta de avisar aos transeuntes que suas vidas correm perigo e que um louco vem por aí, eu era um transeunte e com os playboys não me preocupava.
Aquela quinta feira, digo de quinta para sexta, estava muito silenciosa, pelo menos no caminho que eu escolhi, era a primeira vez que eu resolvia passar por esse lado da cidade subindo a avenida Governador Valadares e 'quebrando' alí próximo ao estádio municipal numa parte sabida por mim erma.
Naquela quinta feira durante o dia o telefone da casa da minha mãe tocou duas vezes, e nas duas eu atendi o aparelho e uma voz grossa rasgada e ameaçadora:
__Cuidado, você não precisa morrer.
Como qualquer um de vocês pensaria, eu tambem pensei que se tratasse de algum trote de algum amigo com o senso de humor sarcástico, banal, ridículo e imaturo. Não dei bola para os telefonemas ficando mais nervoso com a perca de tempo do que preocupado com a ameaça ou aviso ou sei lá o que fora, sei que me esqueci do acontecido durante o dia todo. Tratei de ocupar-me cedo e só desocupei-me durante às nove da noite, hora em que fui até a prefeitura, não o estábulo mas a praça. Fiquei na praça até pouco mais da meia noite resolvendo ir embora por outro caminho. Inconscientemente, acho, me sentia ameaçado com o telefonema, mas não me lembrava ainda do episódio com importância.
Não me lembrei do telefone até chegar a um ponto escuro e silencioso onde nem os playboys iam tirar onda e não se via carro algum na pista, nem música, nem nada, apenas o silêncio sepulcral mesmo. Alí, comecei a sentir aquele famoso frio da mania de perseguição e pensei no telefonema e imediatamente havia criado uma série de eventos que levariam alguém a me ameaçar. Uns eram estapafúrdios e engraçados, outros impossíveis, mas nenhum havia fundamentação suficiente que justificasse algum torpor por parte de minha tranquilidade.
De repente surgiu do meu lado um carro preto, sedan, vidro escuro, maçanetas prateadas, sem som ligado e de onde na janela atrás do motorista saiu para fora apenas a cabeça e as mãos de um homem careca, cabeçudo, rosto marcado, fala mascada exibindo uma pistola 9mm. Sem apontar para mim a arma, ele olhou nos meus olhos e disse:
__Cuidado, você não precisa morrer.
Em um segundo não havia mais vestígios do veículo a não ser o cheiro da borracha queimada que impregnou aquele instante de reflexão e medo que me dominava.


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